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Na Expomais, superintendente do Sicredi prevê crescimento no PIB e baixa no desemprego
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27/10/2017
A administração, o marketing, a sinergia e a inovação englobam a gestão e a economia e suas perspectivas não poderiam ficar de fora do maior evento do gênero no Sul catarinense, que tem como palco a Associação Empresarial de Criciúma (Acic). Para falar sobre o cenário tão presente em todas essas questões e que está em tudo no dia a dia, a ExpoMais - Encontro Sul-Brasileiro de Administração, Marketing, Inovação e Sinergia recebeu o superintendente de riscos e economista-chefe do Banco Cooperativo Sicredi, Alexandre Barbosa.
A projeção, segundo ele, é positiva, mas depende muito da estabilidade política. Caso o cenário político de fato se restabeleça, Alexandre prevê um aumento de 2,5% no Produto Interno Bruto (PIB) e a diminuição do desemprego no país.
De início, o superintendente agradeceu a oportunidade de estar entre os palestrantes da ExpoMais, já informando ao público que falar de economia é sempre difícil. E fica mais difícil ainda quando a política se mistura e deixa tudo mais complexo para projetar o cenário econômico, pontuou. Crescimento, recessão, inflação, perspectivas. Tudo foi detalhado para fazer com que o público entendesse quais serão os próximos caminhos do Brasil.
Em gráficos, Alexandre iniciou a Palestra Mais recapitulando dados acerca da economia não somente no país, como em todo o mundo. A boa notícia dada por ele é de que a chamada crise tende a diminuir com a ressalva dos rumos que deve tomar o cenário político.
Segundo ele, a crise econômica deu início em 2015, se agravando em 2016. Estamos mais ou menos R$ 340 bilhões distantes de onde a gente tem que estar. É um rombo enorme e o rombo maior é na Previdência. Somente no ano passado, a Previdência custou R$ 230 bilhões. A Previdência no Brasil é insustentável e ela tende a piorar. Sem a reforma, não vamos conseguir ajustar as contas públicas, alertou.
O superintendente ainda relatou que não há uma crise no mundo e que isso favorece o Brasil. A grande crise foi em 2009, atingindo outros países. Mas a crise a qual está foi gerada aqui dentro, no país. Outra boa notícia é esta. Não há uma crise mundial que possa nos atingir, pelo menos por enquanto. A crise de agora está especificamente no Brasil, disse.
Principais causasAlexandre elencou as principais causas da instabilidade na economia brasileira, caracterizada por ele como os excessos, que são: forte intervenção no mercado de crédito, queda forçada da taxa de juros, uso das empresas estatais para estimular crescimento de curto prazo, intervenção estatal para controle da inflação, deterioração e falta de transparência das contas públicas, política dos campeões nacionais, política de conteúdo nacional e a interferência no mercado de câmbio.
E tanto o aumento do preço quanto a inflação é um mal e a economia se torna menos previsível e vice-versa. Mais importante do que estar crescendo é estar crescendo sem inflação e isso é muito importante para os países emergentes e para o nosso país também, complementou.
O superintendente do Sicredi reforçou que, tanto as reformas, trabalhista, da Previdência e tributária, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Teto dos Gastos, privatizações, Taxa de Longo Prazo (TLP) e a terceirarão são os caminhos para tornar o cenário econômico brasileiro positivo. Mas repito, tudo dependerá da política, concluiu.(Texto e Fotos: Talise Freitas/Ápice Comunicação/Assessoria de Imprensa da ExpoMais)