Futuro do trabalho se conecta à inteligência emocional e à inteligência artificial
-
Renato Stefani orienta a ligar o modo avião na Expomais
Compartilhe:
27/10/2017
O fundador do projeto Hack Life, Renato Stefani, abriu o segundo dia da ExpoMais Encontro Sul-Brasileiro de Marketing, Administração, Inovação e Sinergia, no auditório Jayme Antônio Zanatta, da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), promovendo uma reflexão acerca dos valores humanos e a tecnologia. Estamos em uma época em que achamos que, se nos conectarmos à inteligência artificial tudo estará salvo. Mas e o lado humano?, indagou o palestrante âncora do tema sinergia.
Ele explicou as experiências que teve, inclusive no Vale do Silício, região da baía de São Francisco, na Califórnia (EUA), onde estão situadas várias empresas de alta tecnologia e onde foi buscar por respostas, porém encontrou outras que o direcionaram para outro lado.
Vivi tudo muito intensamente e vivi também valores distorcidos. Achei que, se fosse um milionário, me faria feliz. Eu estava me robotizando em querer controlar tudo na minha vida, mas, apesar de tudo estar aparentemente perfeito, eu não estava satisfeito e feliz. Tinha uma angústia no peito, um buraco que parecia que iria me matar, contou.
Renato disse que a percepção começou a mudar e se intensificar após conhecer a ioga, chegando a ficar por dez dias em meditação. Foram 11 horas por dia de olhos fechados. Passei a questionar quem eu sou, as minhas certezas, que não eram certezas, e a conta não fechou. Foi quando eu entrei na maior depressão da minha vida. Foi um período muito difícil. Estava com medo e foi aí que percebi que a tecnologia não é a solução de todos os problemas, deduziu.
Da experiência no tão desejado Vale do Silício, Renato concluiu que, apesar de toda a busca tecnológica, as pessoas não eram felizes. Toda aquela gama de trabalho fez com que o Vale do Silício se tornasse o número um em suicídio infantil. As crianças estavam se matando por frustração em não atender às necessidades dos pais e pouca gente sabe disso.
Mudança na forma de se relacionarRenato orientou a todos os presentes para ligarem o chamado modo avião do celular, pois a tecnologia vem mudando a forma de se relacionar. Estamos em uma evolução para ficar na frente de uma tela de celular e cada vez mais precisando de óculos. Qual foi a última vez que você fez uma refeição sem olhar o celular? A comida não desce, desperdiçamos a energia que o alimento nos propicia e colocamos a culpa no glúten e na lactose, apontou.
Temos que diferenciar a necessidade da distração, a fome da gula e o conforto da felicidade. Perdemos o controle do nosso hardware psicológico e seremos abduzidos por essa inteligência artificial que estamos criando, completou.
Para a mudança, ele orientou que fosse resgatada a natureza do ser humano e que se buscasse novas ferramentas, entrosando no sistema interno, corpo, mente e alma para cultivar um estilo de vida único, não pautado no desenvolvimento tecnológico, mas sim no despertar da consciência. Renato ressaltou que a ioga foi também o que fez ele perceber qual essência e consciência poderá ser utilizada para atuar no mundo.
E começar a operação com base no amor, não no medo, na abundância e não na escassez. Temos tudo o que precisamos, só falta a força de vontade. Quem dera se fosse simples, como instalar um aplicativo no celular. Temos que ter consciência sobre como estamos nos comunicando e embarcar numa jornada. A jornada é longa, mas cada passo vale muito a pena.
(Com informações de Talise Freitas/Ápice Comunicação/Assessoria de Imprensa da ExpoMais)