Maurício Vargas, do Reclame Aqui, ressalta a importância do atendimento na Expomais
“Não faz muito sentido acumular riqueza. O legal é ter um negócio que melhore a vida das pessoas”. Foi assim que o fundador da maior plataforma de pesquisa e reclamação de consumo do mundo, Maurício Vargas, resumiu, de uma forma ainda bastante divertida, um pouco da trajetória profissional que o levou a criar o Reclame Aqui.
A palestra reforçou a importância do atendimento nas corporações. O encontro
com o público ocorreu no auditório Jayme Antônio Zanatta, na Associação
Empresarial de Criciúma (Acic), na
manhã desta quinta-feira (26) na ExpoMais –
Encontro Sul-Brasileiro de Marketing, Administração, Inovação e Sinergia.
O Reclame Aqui surgiu após Maurício fazer um overbooking em uma companhia aérea
e ouvir o tradicional “podem ficar tranquilos, já está tudo resolvido!”. E foi da
falta de um lugar para expor o problema e de ter sido atendido que nasceu a
plataforma, chamada também de muro de lamentações, ganhando então milhares de
outros consumidores que sentiam a falta de um lugar para também expor os seus
casos com as empresas. São 15 milhões de usuários cadastrados no site.
“Quebrei três vezes. Aqui seria taxado de incompetente, mas em outros países
surgiriam várias propostas de emprego, porque lá eles dão valor. Preferem uma
pessoa com experiência do que um aventureiro. É cultural”, disse. Maurício
mostrou ainda os criativos vídeos sobre o Reclame Aqui que resultaram em
diversos prêmios na área publicitária.
“Sou do Reclame Aqui, mas não vim falar de reclamações, e sim falar de cultura,
de mudança, do que vai acontecer e o que está acontecendo. A gente acredita nas
pessoas. A tecnologia veio sim para ajudar, mas temos que viver mais, nos
relacionar mais e por isso a importância do atendimento”, apontou.
Mudança no perfil do consumidor
O fundador do Reclame Aqui citou alguns casos nos quais profissionais renomados
largaram a profissão em busca de algo novo. “Tenho um amigo advogado que largou
tudo e abriu um food truck e está feliz da vida. Médico virando cozinheiro,
dentista virando surfista. Tem gente com doutorado querendo somente um emprego
para ganhar R$ 2,5 mil. A conta bancária não é o termômetro da felicidade. E
essa é a diferença. É no que as pessoas querem que as empresas tem que começar
a pensar”.
Maurício ressaltou que o perfil e o contato do consumidor também vêm mudando de
acordo com as novas plataformas e as redes sociais são exemplo disso. Uma
reclamação antes via telefone é feita agora por Facebook ou por um vídeo
disseminado no WhatsApp. “Todos nós somos chatos. O consumidor é chato e ele
vai fazer um estrago se você não atender ele porque ele tem o poder nas mãos”,
alertou.
Por isso o empresário frisou a necessidade de as empresas estarem acompanhando e mudando a estrutura para entender o novo cliente/consumidor. “Muda a cultura na vida e na empresa. Quer salvar a sua companhia? Invista no seu atendimento. Nosso dinheiro vai valer muito mais”, finalizou.
(Texto: Talise Freitas/Fotos: Stephanie Barbosa/Ápice Comunicação/Assessoria
de Imprensa da ExpoMais)
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